28.10.07

Vídeos Educativos

Para aqueles que são fãs da coleção "De onde vem?" aí vão alguns links para fazer o download.


De onde vem a TV?


De onde vem o arco-íris?


De onde vem o açúcar?


De onde vem o choro?


De onde vem o avião?


De onde vem o dia e a noite?


De onde vem o fósforo?


De onde vem o espirro?


De onde vem o leite?


De onde vem o livro?


De onde vem o ovo?


De onde vem o pão?


De onde vem o papel?


De onde vem o plástico?

18.10.07

Comentários racistas

O que você pensaria de uma pessoa que fez o seguinte comentário:

“As mulheres deveriam ter o direito de abortar um feto caso exames fossem capazes de indicar que o bebê mais tarde se tornaria homossexual”.

E se essa mesma pessoa também comentasse:

"Há muitas pessoas de cor bastante talentosas".

E mais:

“Gostaria que todas as pessoas fossem iguais, mas pessoas que precisam lidar com funcionários negros descobrem que isso não é verdade".

Achou pouco? Tem mais:

" Todas as nossas políticas sociais para a África são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não".

Todos os comentários acima foram feitos pelo biólogo James Watson, 79 anos, prêmio Nobel de Medicina do ano de 1962 por ser co-descobridor da estrutura molecular do DNA.

Bem, o senhor Watson poderia ter parado por aí mesmo, mas me parece que este é um daqueles casos clássicos do sucesso que “sobe à cabeça”. Na verdade, no caso dele, enlouquece seria mais apropriado.

Por causa dos tais comentários (muitos deles dados a revista “The Sunday Times”) o "digníssimo" cientista foi impedido de proferir uma conferência no Science Museum, em Londres. Acho pouco, muito pouco pra quantidade de monstruosidades que ele declarou. No mínimo ele deveria ser preso sem direito a fiança ao desembarcar em qualquer país desse planeta.

O senhor Watson parece desconhecer fatos da história ao, por exemplo, se referir a situação da África como biológica. Ora, não é preciso ser um Nobel de Medicina para saber que a situação da África é resultado de uma colonização vergonhosa por parte dos europeus. Portanto, não tem origem biológica, mas sim histórica e social.

O que me assusta mais nessas declarações é que elas não manifestam a simples opinião da pessoa (no caso, a opinião do senhor Watson). Ele ao se intitular cientista e Nobel de Medicina faz com que as suas declarações passem do campo do senso comum para o campo da ciência. E é aí que mora o perigo. Uma coisa é alguém ser racista, outra bem diferente é alguém usar a ciência para dizer que pode provar que há raças superiores e inferiores. E a história já nos mostrou onde esse tipo de preconceito pode nos levar.

Só para finalizar, gostaria de dizer ao senhor em questão, que se eu tivesse a mesma mente pequena e preconceituosa que ele tem, iria defender o direito das mulheres de abortar, caso soubessem que o feto se tornaria no futuro alguém racista e preconceituoso.

É elementar meu caro Watson...

Em tempo: alguém sabe dizer se existe alguma forma de anular a entrega de um prêmio Nobel de Medicina?

Leia mais em:

Nobel da Medicina choca geneticistas ao afirmar que negros são menos inteligentes

Museu cancela palestra de Prêmio Nobel após comentários racistas

Professor Watson é um simplista


17.10.07

Estresse Pedagógico

Sabe aquele professor apático, cansado e irritado?
Ele nem sempre foi assim. Ele j
á foi alguém animado e comprometido com a sua profissão. Ele já foi um profissional responsável e perseverante.
O que terá acontecido no seu percurso que o tornou um profissional tão “apagado”?

São muitas as explicações e certamente todas elas terão alguma relação com esse quadro. Porém, quero me deter aqui em um aspecto que já há algum tempo tem me preocupado e por isso mesmo tornou-se para mim, leitura obrigatória nesses últimos meses.
Trata-se da Síndrome do Esg
otamento Profissional ou como é mais conhecida atualmente, Síndrome de Burnout.




Foi o psicanalista nova-iorquino Herbert J. Freudenberger quem descobriu essa síndrome no início dos anos 70.

É uma síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, fazendo com que não se importe mais com qualquer coisa relacionada à sua função. Para alguém nesta condição, qualquer esforço lhe parece inútil.

É uma reação à tensão emocional gerada pelo contato direto e excessivo com outros seres humanos. Por isso mesmo acomete, principalmente, profissionais que exercem suas funções em contato direto com outras pessoas. Daí os profissionais da educação serem tão vulneráveis a esta síndrome. Policiais, agentes penitenciários e profissionais da saúde também são apontados como grupo de risco pelos estudiosos desse assunto.

A síndrome é tida pelos estudiosos como um conceito multidimensional que envolve três aspectos:

  • Exaustão emocional: situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos. Percebem esgotada a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas;
  • Despersonalização: desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas, tratando as pessoas destinatárias do trabalho (usuários/clientes) como objetos;
  • Falta de envolvimento pessoal no trabalho – tendência de uma “evolução negativa” no trabalho, afetando a habilidade para a realização do trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como a organização.

É interessante observar que o aparecimento da síndrome não está diretamente ligada a jornada de trabalho. É uma questão de qualidade e não quantidade. Se você trabalha muitas horas por dia mas sente-se motivado com o seu trabalho provavelmente não irá desenvolver a síndrome. Já por outro lado, se você trabalha poucas horas por dia, mas está insatisfeito com o seu trabalho é um forte candidato a adquirir a síndrome.

Qual o perfil do profissional com Burnout?

Geralmente são aqueles profissionais mais dedicados, exigentes e responsáveis. Como são pessoas de alto nível profissional, cobram muito de si mesmos e acabam entrando em estresse ocupacional, ou seja, a um passo para adquirir a síndrome de Burnout.

Quais as causas?

As causas ainda não estão muito claras, mas podemos encontrar entre as mais prováveis as associadas a:

  • Falta de autonomia no desempenho profissional;
  • Problemas de relacionamento com colegas, chefes e clientela;
  • Falta de cooperação no trabalho em equipe;
  • Sensação de desqualificação profissional.

Quais os sintomas?

Os sintomas variam bastante de indivíduo para indivíduo. Mas os principais são:

  • Irritação permanente;
  • Desmotivação profunda;
  • Desinteresse;
  • Dificuldade de concentração;
  • Cansaço excessivo;
  • Comportamento paranóico ou agressivo;
  • Aumento no consumo de álcool, café e remédios.
Na Revista Época Negócios do mês passado foi publicado um teste que ajuda o profissional descobrir se apresenta algum sintoma da Síndrome de Burnout. Para fazer o teste clique aqui.


Deu pra perceber que Burnout é um esgotamento físico e mental ligado ao desempenho profissional. Mas, atenção, não podemos confundir com um simples estresse ou mesmo com a depressão.O estresse por exemplo, é um esgotamento pessoal que interfere na vida do sujeito. Já a síndrome de Burnout envolve condutas negativas relacionadas ao exercício profissional da pessoa. Seus efeitos são bem piores e se não for tratada a tempo, poderá levar a ações extremas e irreversíveis.

Essa síndrome pode atacar tantos os recém – formados quanto os profissionais mais experientes. Os mais jovens, por iniciarem a carreira com um grande idealismo, o qual na maioria das vezes não corresponde à realidade, levando-os, portanto a desenvolverem a síndrome. Já os profissionais que contam com mais tempo na carreira, têm contra si a saturação profissional que os impede de fazer tudo aquilo que gostariam profissionalmente.

Fases da Síndrome de Burnout

Podemos perceber 4 fases de desenvolvimento da Síndrome de Burnout. São elas:

  • Fase 1: do idealismo e entusiasmo, com expectativas excessivas em relação aos resultados profissionais;.
  • Fase 2:do progressivo estancamento e queda a respeito das expectativas iniciais. Nessa fase os sintomas da síndrome já são nítidos tanto que as pessoas a sua volta (amigos, colegas e familiares) começam a perceber que algo está errado.
  • Fase 3: da decepção e frustração. A pessoa se sente constantemente irritada, desmotivada e cansada física e mentalmente.
  • Fase 4: da apatia. Esta é a fase da cristalização da síndrome na qual a pessoa pode ser levada a comportamentos autodestrutivos. O tratamento quase sempre requer o afastamento do trabalho.

Tratamento

Geralmente o tratamento é psicoterápico. Remédios são prescritos somente nos casos mais graves de ansiedade e depressão.

Para ler mais sobre esse assunto consulte os seguintes artigos:

Conheça a síndrome do desgaste profissional

Dicas para prevenir a síndrome de Burnout

Esgotamento Total


15.10.07

Quem é?

Quem é esse estranho personagem?

Homem ou mulher, velho ou moço, que em sua ação é ao mesmo tempo músico e regente?

Quem é essa estranha figura que em seu trabalho chora e ri, fala e escuta, conta e encanta?

Quem é esse ator que precisa entusiasmar o grupo e ao mesmo tempo atender o apelo individual?

Precisa manter a ordem sem perder a serenidade; falar a todos, ouvindo a cada um?

Quem é esse estranho personagem?

Quem possui a indômita magia para ajudar que todos desabrochem e se expressem, aprendam e se transformem, construam e sonhem?

Quem é esse estranho malabarista que necessita se equilibrar entre conteúdos e competências, limitando excessos, favorecendo autonomia, acordando inteligências, provocando pensamentos?

Quem é esse anjo que empresta a filho dos outros, o tempo que para os seus não tem e que cobrado pelos desafios da vida sempre dura, não consegue apagar a emoção que a rotina propicia?

Quem é esse estranho personagem?

Que necessita sempre resolver, saber, decidir, propor, desafiar sem oportunidade de perder o instante, sem o recurso de deixar para depois?

Quem possui essa aura para esgotado, renovar esforços; combalido encontrar energia? Quem pode, ao entrar em cada classe, refazer-se novo como se aquela fosse a única?

Quem é esse estranho personagem?

Que aprende a empatia que ensina, pratica a solidariedade que prega, administra a progressão do currículo que deseja, avalia com olhar abrangente, vibra com sucessos que não são seus.

Quem é esse distribuidor de sementes que não colhe para uso próprio os frutos que plantou?

Quem é esse estranho personagem?

Quem é esse teimoso otimista que confia no aluno, que acredita no amanhã, que espera sempre pelo sonho?

Quem é esse estranho personagem?

Se ignorar a resposta, busque no espelho prezado professor...

(Celso Antunes)

14.10.07


Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)