O número de jovens alfabetizados aumenta progressivamente no Brasil, mas a qualidade da educação continua entre as piores do mundo, mostrou um estudo divulgado na quinta-feira, 21.
O Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2006, elaborado pela Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), indicou que, numa população de 35,5 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, somente 3,4% são analfabetos.
O estudo da OEI, feito com dados oficiais até 2003, afirmou que a população de jovens analfabetos caiu em comparação aos 4,2% registrados em 2001. Em 1993, a taxa de analfabetismo entre os jovens brasileiros era de 8,2 por cento.
"Observaram-se progressos. É alentador. Há menos jovens analfabetos, mas os 3,4% indicam que mais de um milhão de jovens vivem à margem das condições mínimas de acesso à cultura letrada", disse à Reuters o consultor da OEI e autor do trabalho, Julio Jacobo Waiselfisz.
O analfabetismo vem caindo no país graças à universalização do ensino fundamental nos últimos anos.
Os 1,137 milhão de jovens brasileiros analfabetos são, em sua grande maioria, pobres e negros, e cerca de 71% deles vive na região Nordeste. Com 187 milhões de habitantes, o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo, atrás somente da Nigéria.
Waiselfisz observou que apenas dois Estados concentram um terço dos jovens analfabetos do Brasil: Bahia e Pernambuco.
Ele indicou, no entanto, que o Estado em pior situação em termos proporcionais quanto a educação de seus jovens é Alagoas, onde 15,4% da população juvenil é analfabeta.
O estudo, cuja finalidade é contribuir para a formulação de políticas públicas eficazes, apontou que Alagoas não acompanhou as conquistas obtidas pelo resto do País.
O estudo da OEI apontou que, no Brasil, cerca de 97% das crianças entre 7 e 14 anos vão à escola. Mas a situação educacional da população juvenil não é boa.
Cerca de 49% dos jovens entre 15 e 24 anos estudam, mas quase 17% deles estão no ensino fundamental. "(Eles) têm uma escolaridade defasada. Vão à escola, mas estão numa fase que não corresponde a eles", ressaltou Waiselfisz.
A qualidade da educação do Brasil está entre as três piores do globo, ao lado da Indonésia e da Tunísia, segundo um estudo feito entre 41 países em 2003 e citado pela pesquisa da OEI.
"Boa parte dos avanços quantitativos experimentados nos últimos anos está sendo comprometida pelos gargalos qualitativos do sistema educacional brasileiro", afirma o estudo.
Fonte:
O Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2006, elaborado pela Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), indicou que, numa população de 35,5 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, somente 3,4% são analfabetos.
O estudo da OEI, feito com dados oficiais até 2003, afirmou que a população de jovens analfabetos caiu em comparação aos 4,2% registrados em 2001. Em 1993, a taxa de analfabetismo entre os jovens brasileiros era de 8,2 por cento.
"Observaram-se progressos. É alentador. Há menos jovens analfabetos, mas os 3,4% indicam que mais de um milhão de jovens vivem à margem das condições mínimas de acesso à cultura letrada", disse à Reuters o consultor da OEI e autor do trabalho, Julio Jacobo Waiselfisz.
O analfabetismo vem caindo no país graças à universalização do ensino fundamental nos últimos anos.
Os 1,137 milhão de jovens brasileiros analfabetos são, em sua grande maioria, pobres e negros, e cerca de 71% deles vive na região Nordeste. Com 187 milhões de habitantes, o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo, atrás somente da Nigéria.
Waiselfisz observou que apenas dois Estados concentram um terço dos jovens analfabetos do Brasil: Bahia e Pernambuco.
Ele indicou, no entanto, que o Estado em pior situação em termos proporcionais quanto a educação de seus jovens é Alagoas, onde 15,4% da população juvenil é analfabeta.
O estudo, cuja finalidade é contribuir para a formulação de políticas públicas eficazes, apontou que Alagoas não acompanhou as conquistas obtidas pelo resto do País.
O estudo da OEI apontou que, no Brasil, cerca de 97% das crianças entre 7 e 14 anos vão à escola. Mas a situação educacional da população juvenil não é boa.
Cerca de 49% dos jovens entre 15 e 24 anos estudam, mas quase 17% deles estão no ensino fundamental. "(Eles) têm uma escolaridade defasada. Vão à escola, mas estão numa fase que não corresponde a eles", ressaltou Waiselfisz.
A qualidade da educação do Brasil está entre as três piores do globo, ao lado da Indonésia e da Tunísia, segundo um estudo feito entre 41 países em 2003 e citado pela pesquisa da OEI.
"Boa parte dos avanços quantitativos experimentados nos últimos anos está sendo comprometida pelos gargalos qualitativos do sistema educacional brasileiro", afirma o estudo.
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